Detectores de fumaça inteligentes chegarão ao mercado em 2020.

Devem chegar ao mercado, a partir de 2020, detectores de fumaça inteligentes capazes de distinguir a diferença entre a queima de alimentos e queima de móveis, por exemplo. Avanços na pesquisa e na tecnologia chegaram a um ponto em que a próxima geração de alarmes de fumaça será capaz de discernir entre a fumaça da cocção e a fumaça gerada por um incêndio grave.

A partir de 2020, a UL, uma das maiores desenvolvedoras mundiais de padrões de segurança para produtos de consumo, deixará de catalogar os alarmes de fumaça que não passarem nos novos testes projetados para provar resistência à fumaça da cocção e a outras fontes de alarmes falsos.

Isto é, todos os novos alarmes de fumaça que entrarem no mercado até 2020, devem estar livres do problema de ativação porque “alguém esqueceu pãezinhos do jantar aquecendo no forno”. Talvez esta seja a mudança mais significativa das 250 mudanças técnicas feitas pela UL nas edições dos padrões usados para certificar e catalogar dispositivos de detecção de fumaça.

As estatísticas da NFPA mostram que a maioria das cerca de 2.700 pessoas que morrem anualmente em incêndios residenciais nos Estados Unidos moram em casas sem alarmes de fumaça ou com alarmes de fumaça fora de funcionamento. Em 2014, os bombeiros norte-americanos responderam a quase 2,5 milhões de falsos alarmes, cerca do dobro do número total de incêndios reportados e cinco vezes o número de incêndios estruturais, de acordo com uma análise da NFPA.

O MERCADO RESPONDE

Construir um alarme capaz de soar apenas durante um incêndio real e não por causa de um pedaço de torrada queimada é simples em conceito, mas absurdamente complexo na prática.

Os alarmes de fumaça sempre foram dispositivos que detectam fumaça suficiente para soar um alarme, ou não. Isso é verdade para alarmes usando detecção fotoelétrica ou de ionização, as duas tecnologias que predominam no mercado atualmente.

Para reduzir os alarmes falsos, os novos detectores de fumaça terão de medir com precisão a composição das partículas de fumaça, saber o que está queimando e definir se essa fumaça é uma ameaça ou não.

Até agora, testes nos novos produtos têm sido promissores. “O resultado será uma imunidade significativamente maior ao cozinhar, revertendo em menos alarmes indesejados”, disse Richard Roux, da NFPA. “Isso é uma vitória para o consumidor e para a segurança”.

Este texto é um compilado de publicação do Nfpa Journal. Autor: JESSE ROMAN, editor associado do NFPA Journal. https://www.nfpa.org/News-and-Research/Publications/NFPA-Journal/2018/March-April-2018/Features/UL-Smoke-alarm

Foto: Visual Hunt