O problema dos falsos alarmes

A tecnologia sozinha não é suficiente para reduzir alarmes falsos.

Entre 1980 e 2009, o número de atendimentos de emergência aos incêndios caiu mais da metade, mas as respostas a emergência com alarmes “falsos” mais do que duplicaram.

O número de alarmes falsos causados por sistemas de detecção e alarme de incêndio mal projetados, mal instalados ou sem manutenção permanece inaceitável.

E onde ficamos em 2017?

As partes interessadas informam que continuam com um alto número de falsos alarmes. 

O comitê técnico que escreve a parte do NFPA 72®, Código Nacional de Alarme de Incêndio e Sinalização, que trata da detecção, desenvolve requisitos que abordam o problema de alarme falso com requisitos mínimos para o projeto, instalação, inspeção, teste, manutenção e uso de todos os sistemas de alarme de incêndio. Porém, esses requisitos não reduziram a incidência de falsos alarmes. 

A tecnologia pode ajudar na solução de algumas das falhas de projeto e erros de instalação. Contudo, por si só ela não pode resolver o problema. 

A maior parte da nova tecnologia da unidade de alarme de incêndio usa detecção endereçável . Isso permite que os primeiros a responder ao alarme de incêndio saibam exatamente qual dispositivo de detecção disparou. Entretanto, esta informação só é útil se alguém registrar as informações e anotar se o mesmo dispositivo iniciar outro falso alarme.

Dois falsos alarmes do mesmo dispositivo deve ser o máximo aceitável. 

Se essa informação for rastreada, dois falsos alarmes do mesmo dispositivo devem ser o número máximo aceitável. Se um mesmo dispositivo iniciar o segundo alarme falso:

  • um técnico deve determinar por quê o dispositivo disparou 
  • trocar o dispositivo, ou 
  • revisar o ambiente onde o dispositivo está instalado para determinar a existência de quaisquer fatores que tenham levado ao segundo falso alarme. Este procedimento permitiria alterações no tipo de detecção utilizado ou a retirada de um dispositivo afetado pelo ambiente local. 

Os detectores de fumaça mais novos possuem algoritmos embutidos para assegurar que um disparo ocorra apenas no caso de um fogo “real”.

A tecnologia sozinha não é suficiente para reduzir ou eliminar falsos alarmes se os sistemas não foram devidamente projetados, instalados, inspecionados, testados e utilizados.

Se melhores projetos e instalações desses sistemas forem combinados com programas aprimorados de inspeção, teste e manutenção, continuaremos a diminuir a taxa de alarme falso dos sistemas de alarme de incêndio.

(Texto compilado do NFPA Journal – novembro/dezembro 2017 – WAYNE D. MOORE – vice-presidente da Jensen Hughes)