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10 passos de um projeto de segurança contra incêndio em edificações industriais

Para garantir a segurança em edificações industriais de pequeno, médio ou grande porte, especialmente aquelas com risco elevado e sem sistemas pré-existentes, é necessário detalhar diversos aspectos no projeto e seguir as normas rigorosas de proteção contra incêndio. Abaixo, apresentamos um “guia técnico” com 10 passos para elaboração de um sistema de proteção contra incêndio eficiente.

Boa leitura!

 

O que considerar no Projeto de Sistema de Proteção contra Incêndio para edificações industriais?

1. Características da Edificação

  •  área total e altura do prédio, um pé-direito muito alto influencia na escolha de sprinklers de alta descarga ou sistemas de supressão distinto. 
  • riscos específicos – cada setor industrial (químico, metalúrgico, armazenagem ou alimentício, por exemplo),  possui seus processos e materiais de risco utilizados na produção como líquidos inflamáveis, gases pressurizados e produtos químicos reativos ou explosivos além da presença de possíveis fontes de ignição como máquinas com superaquecimento, soldagem e sistemas elétricos de alta carga.

 

2. Infraestrutura Elétrica e Hidráulica

  • disponibilidade ou não de reservatório de água dedicado para combate a incêndio bem como a vazão e pressão disponíveis.
  • necessidade de backup, como geradores ou UPS (Uninterruptible Power Supply), para garantir o funcionamento do sistema durante quedas de energia.

 

3. Layout e Compartimentação

  • análise da estrutura da edificação, se é um galpão único, com mezaninos ou múltiplas células, e como é a ventilação natural.
  • localização dos Ativos Críticos – onde estão as áreas com equipamentos de alto valor, como servidores e máquinas que podem exigir proteção direta com sistemas de gás inerte ou espuma.

 

4. Requisitos Normativos

  • atenção a legislação aplicável do Corpo de Bombeiros ou normas estaduais específicas e da obtenção do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) após a instalação.

 

5. Definição dos Sistemas

  • detecção e alarme: utilizar sensores de fumaça por aspiração (ASD), detectores de chama UV/IR ou térmicos para áreas críticas.
  • supressão: implementar sprinklers ou sistemas limpos, como FM200 e Novec 1230, para proteger equipamentos sensíveis.
  • compartimentação: instalar cortinas corta-fogo, portas RF (resistência ao fogo) ou selagem de cabos para conter o avanço de um incêndio.

 

6. Resposta Emergencial

  • Brigada de Incêndio: treinar colaboradores para operar extintores e realizar primeiros socorros.

 

7. Orçamento e Cronograma

  • definir prioridades, se o foco é cumprir apenas a norma ou implementar soluções premium, como sistemas endereçáveis com IoT ( Internet das Coisas, uma rede de dispositivos conectados que se comunicam entre si e com a nuvem) para monitoramento em tempo real.
  • avaliar prazos e urgência para conclusão, como exigências de seguro ou auditoria.

 

8. Escalabilidade

  • considerar expansões futuras, onde o sistema deve permitir ampliação para novas linhas de produção ou áreas de armazenamento.

 

9. Recomendações 

  1. definir o sistema de supressão mais indicado. Para áreas com ativos de alto valor, utilizar gás inerte (ex.: IG-541) ou agentes limpos para evitar danos colaterais. Para zonas com líquidos inflamáveis, utilizar espuma ou sprinklers de alta descarga.
  2. detecção avançada: Implementar sensores multicritério (fumaça + calor) em áreas críticas e detectores de chama em locais com risco de incêndio rápido.
  3. infraestrutura: garantir sirenes, sinalização e iluminação de emergência.

 

10. Manutenção Preventiva em Sistemas de Combate a Incêndio

Agendar manutenções preventivas no sistema de proteção contra incêndio é tão importante quanto a sua implementação. Inspeções regulares podem identificar oportunidades de melhoria e a manutenção periódica garantirá o funcionamento adequado do sistema

A ausência de manutenção pode ser catastrófica em eventos reais de incêndio, como demonstrado por tragédias históricas no Brasil.

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